sexta-feira, 2 de abril de 2010

Tudo passa

...Brigaram, gritaram, e ele então se foi.
Deu de costas na direção oposta a dela, e simultaneamente ela disse baixinho: "Não queria que tudo acabasse assim, e nem amá-lo como amo."
Ele indo, não devia tê-la escutado, mas uma brisa suave, vindo quase desapercebida, passou ao seu lado, e o dito chegou aos seus ouvidos. Mas mesmo assim, nada mudou.
Ele era vida, era paz, era solidão, e até mesmo, era silêncio. Era tudo, e ao mesmo tempo, não era nada.
Ela continuava a sentir algo maior e forte, mas não acreditava ser amor. Nada é por acaso.
Procurava-o por entre as folhas de outono caídas, mas não o encontrava.
Pensou em fugir, sumir, sair, para ver se assim se encontrava em si.. Mas no fim, preferiu ficar.
Sua mãe lhe chamava de masoquista, dizia-lhe para viajar, e desfrutar o mundo, o qual ela ainda não conhecia. Mas não era isso que a bela moça queria.
Precisava continuar ali pensando nele.
Meses passaram e nenhuma palavra mais foi fora trocada entre o ex-casal. Agora, ela percebeu que não havia mesmo mais amor, nem carinho, nem calor, não havia nada.
Tudo passa, e em algum momento chega ao fim...
As coisas somem,
assim com as folhas de outono caídas na chegada da próxima estação.

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