domingo, 30 de maio de 2010

Nada existe mais



Hoje, em momentos sóbrios e felizes,
sinto e vejo em mim,
que não há mais amor,
se é que em algum dia houve..

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Bonde do presente

Preciso andar em bandos, mas às vezes acho que todos os bandos em que meto são errados. Quando Clarice diz que o que obviamente não presta, sempre a interessou muito, me impressiono, e vejo que é exatamente assim comigo também! Até porque... Se tudo prestasse, o mundo ia ser muito monótono. Chato. Sem graça. Sem vontade de existir. E como um ciclo vicioso, alguém não prestaria de novo!
Não entendo, porém o meu não entender é o que me faz não ser tão crítica com as pessoas, o que me faz ver que existe coisa muito maior do que o que tem sido mostrado e falado até agora, e que um simples pedido de desculpas não tira a culpa de alguma coisa já feita... Mas sinceramente, eu queria um.
Meus bandos costumam chegar ao fim no final de um determinado período de tempo, e isso me faz chorar... Me faz mal.
Hoje, perco uma integrante do meu bando presente. Choro, e muito. Preciso dela aqui, agora.. Sinto, já, a falta dela.
Peço, imploro, digo que necessito dela junto à mim, mas o destino parece insensível e inconsequente, e nos separa sem que aceitemos isso bem.
Quando acho que me encaxei em bando novo, tudo muda de novo, e de novo, e sempre de novo. Não suporto mais mudanças, não quero perder mais ninguém na minha vida. Pessoas que amo, e que no fundo me dão valor, são aquelas que sei que posso chamar de amigos, e não suporto a idéia de ter que abrir mão delas.
Meus bandos costumam se separar, e eu sempre acabo perdida entre eles... Hoje, meu bando é esse. E quero que ele se mantenha o mesmo por muito tempo, independente de distâncias. Não digo que perdi uma integrante. Afinal, família signigica nunca esquecer ou abandonar, e para mim: família significa ter, e ser... Digo então, que a integrante só está um pouco mais longe, porém continua a fazer parte dessa família, e sempre vai fazer.
O que é nosso está guardado debaixo de um milhão de chaves no meu coração...
Para nunca esquecer.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Rifas de amor

Rifa-se um coração.
Rifa-se um coração quase novo.
Um coração idealista.
Um coração como poucos.
Um coração à moda antiga.
Um coração moleque que insiste
em pregar peças no seu usuário.
Rifa-se um coração que na realidade está um
pouco usado, meio calejado, muito machucado,
e que teima em alimentar sonhos e, cultivar ilusões.
Um pouco inconseqüente que nunca desiste,
de acreditar nas pessoas.
Um leviano e precipitado coração
que acha que Tim Maia
estava certo quando escreveu...
"...não quero dinheiro, eu quero amor sincero,
é isso que eu espero...".
Um idealista...Um verdadeiro sonhador...
Rifa-se um coração que nunca aprende.
Que não endurece, e mantém sempre viva a
esperança de ser feliz, sendo simples e natural.
Um coração insensato que comanda o racional
sendo louco o suficiente para se apaixonar.
Um furioso suicida que vive procurando
relações e emoções verdadeiras.
Rifa-se um coração que insiste em cometer
sempre os mesmos erros.
Esse coração que erra, briga, se expõe.
Perde o juízo por completo em nome
de causas e paixões.
Sai do sério e, às vezes revê suas posições
arrependido de palavras e gestos.
Este coração tantas vezes incompreendido.
Tantas vezes provocado.
Tantas vezes impulsivo.
Rifa-se este desequilibrado emocional
que abre sorrisos tão largos que quase dá
pra engolir as orelhas, mas que
também arranca lágrimas
e faz murchar o rosto.
Um coração para ser alugado,
ou mesmo utilizado
por quem gosta de emoções fortes.
Um órgão abestado indicado apenas para
quem quer viver intensamente
contra indicado para os que apenas pretendem
passar pela vida matando o tempo,
defendendo-se das emoções.
Rifa-se um coração tão inocente
que se mostra sem armaduras
e deixa louco o seu usuário.
Um coração que quando parar de bater
ouvirá o seu usuário dizer
para São Pedro na hora da prestação de contas:
"O Senhor pode conferir. Eu fiz tudo certo,
só errei quando coloquei sentimento.
Só fiz bobagens e me dei mal
quando ouvi este louco coração de criança
que insiste em não endurecer e,
se recusa a envelhecer"
Rifa-se um coração, ou mesmo troca-se por
outro que tenha um pouco mais de juízo.
Um órgão mais fiel ao seu usuário.
Um amigo do peito que não maltrate
tanto o ser que o abriga.
Um coração que não seja tão inconseqüente.
Rifa-se um coração cego, surdo e mudo,
mas que incomoda um bocado.
Um verdadeiro caçador de aventuras que ainda
não foi adotado, provavelmente, por se recusar
a cultivar ares selvagens ou racionais,
por não querer perder o estilo.
Oferece-se um coração vadio,
sem raça, sem pedigree.
Um simples coração humano.
Um impulsivo membro de comportamento
até meio ultrapassado.
Um modelo cheio de defeitos que,
mesmo estando fora do mercado,
faz questão de não se modernizar,
mas vez por outra,
constrange o corpo que o domina.
Um velho coração que convence
seu usuário a publicar seus segredos
e a ter a petulância de se aventurar como poeta.

Clarice L.

domingo, 16 de maio de 2010

Fim do Mundo

Queria que o mundo terminasse hoje,
talvez por que assim,
eu acabaria amando você.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Belas luzes

Tantos ãos e tantos ais, que não se entende mais os ens e sãos! Que dia esdrúxulo, sem cor, sem vida, sem vontade de nascer! Mas também, não há como ser diferente, já que estou hoje sem você! E se eu fosse até você, e dissesse tudo o que sinto? O que você faria? Não consigo descobrir, não compreendo você, não consigo de maneira alguma prever suas reações perante as coisas, e isso me indaga. Porém, acredito que seja por isso que gosto tanto de você...
Queria que você estivesse aqui novamente, só por um pequeno e incontável segundo. Quero muito te ver, mas quando? Talvez amanhã, ou depois, ou apenas daqui há anos... Seja lá quando for, não me importa mais, contanto que no fim, eu fique com você.
Corro de outro para um lado, para o seu lado, mas nada...
As drogas, os assuntos, nós... Acabamos sempre nesse frente a frente infinito!
Amar não é tudo, meu bem, é só uma parte do todo que nos faz forte.
Mas você consegue mostrar-me mais do que entendo por amor, e isso me faz feliz, simultaneamente em que me faz sofrer. Já tentei, sim tentei, inúmeras vezes esquecer-te, mas não há mais saída, não consigo apagar-te de minhas memórias...
Você vai além! Além do amor, além da vida, além de todas as pessoas, e me faz ir junta a você além também.
Longe daqui, longe de tudo,
você é minha alegria, a qual coloca as mais lindas luzes coloridas...
No meu mundo já apagado.