quinta-feira, 24 de junho de 2010

Have you ever seen the rain?

O dia chuvoso começou como os outros dessa semana, frio, úmido, nublado.
Sinto-me viciada em uma coisa que me tira o fôlego, alguma coisa que se chama amor.
Devia haver, assim como o AA, um outro AA, sendo esse dessa vez para amadores anônimos, pois lá eu poderia contar o que sinto sem ser criticada a cada segundo, a cada palavra, a cada gesto de amor, e dor. Lá, eu veria que meus problemas são de outros também, e que eles podem ser bem menores do que eu de fato acredito que sejam.
Os jovens tem medo de dizer que amam. Creio que eles têm medo de serem rejeitados, ou aceitos. Não tenho mais dúvidas quanto a isso. Meu maior medo é que os jovens tenham medo de amar... Isso me destruiria por inteiro.
Estou sentada na rede, com um violão no colo, o qual nem sei segurar direito. Busco uma única nota que me lembre alguma música. É como se o mundo desse mil voltas, e sempre parasse em você.
Subi há pouco no elevador com um senhor de uns 80 anos, que disse ter me reconhecido. Estranho, pensei, não me lembro de tê-lo visto por aqui antes.
O velhinho puxou assunto comigo, perguntou-me onde eu estudava, se morava aqui há muito tempo, e se gostava de estudar. Para não ser mal educada, respondi direitinho, mas tentei minuciosamente entender o que um idoso queria saber com aquelas perguntas. Por que ele não havia me perguntado sobre o tempo? Enfim, disse-lhe que aquela não era minha casa, e sim a de minha tia. Até que ele num salto de palavras, perguntou por que então, eu não ficava em casa, na minha casa. Expliquei a ele que não gostava de ficar sozinha sempre, que precisava ter gente por perto.
Continuando o assunto, o velhinho realmente se absteve de perguntar-me se estava gostando do frio que está fazendo. Do nada, começou ele a filosofar. Seu andar já tinha chegado, e a porta do elevador estava sendo presa por um pé inchado, quando de repente, palavras que acredito que jamais serei capaz de esquecer fugiram de sua boca com dentes de dentadura: ''Sabe filha, sou velho burro. Mas companhia, foi a melhor coisa que eu tive na vida. Você faz bem em vir sempre por aqui. Companhia é uma das únicas coisas que dinheiro nenhum compra, ela pode ser de amigos, amores, família, música, o que for. Porém tem que nos fazer completo. Afinal, o que nos vale, é nunca nos sentirmos sozinhos.''
Há quem diga que companhia não é essencial. Discordo. Eu não posso estar sozinha. Preciso de alguém.
É então, que eu te procuro, e sem te cobrar o passado que já se passou, pergunto-te, sem muita intimidade, diferente do senhor do elevador: ei, você já viu a chuva?
E então, como dois desconhecidos (que no fundo se conhecem muito bem), conversamos sobre o tempo lá fora. Bobeira... É só o tempo lá fora.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Litros transbordando

Acordei com uma vontade devoradora de ser feliz, de ter tudo ao mesmo tempo em que não tenho nada.
Fui ao cinema ontem. Adoro ver os filmes em cartaz, ver as pessoas comprando suas pipocas e se dirigindo até a sala da sessão comprada. Minha sala era a 3, incrível como sempre caio nessa sala... Será destino? Talvez, penso eu.
Quem sabe nossas vidas não são filmes ainda não exibidos? Pois bem.. Acredito que sim, e aceito essa condição..
O filme falava sobre o destino de uma moça (uma linda moça!), um amor, outro amor, outras vontades, outro querer, outro saber, outro viver. Fico matutando, sonhando acordada em como seria se... Se o amor da minha vida viesse e me arrancasse um beijo daqueles dos filmes sobre vidas já exibidas. Um que me tirasse completamente o ar, e não me deixasse respirar, até que eu percebesse que eu precisava colocar ar para dentro de novo. E depois, me abraçasse como se fosse o primeiro de todos os últimos abraços.
A vontade de ser feliz me diz para dizer bom dia para todos, ser mais simpática com desconhecidos do que normalmente sou.
Escrever me alivia, me faz cair na realidade.. Mas você está aqui o tempo todo! Saí de mim!!! Eu imploro. Me deixe ser feliz.
Eu quero, e preciso. E para ser bem sincera, sei que posso. Existe tanta gente no mundo que pode e sabe me fazer bem e feliz.. Não ligo mais (muito) para o que você pensa, para o que você é. Mas não nego que todos os dias antes de dormir, vejo suas fotos, e não sei.. Mas acho que são as pequenas grandes coisas que nos instigam cada dia mais à uma felicidade eterna, e isso de alguma forma, me deixa bem, apesar de crer que a felicidade é apenas momentânea.
As pessoas dizem tantas coisas sobre felicidade, mas nem sempre acredito que elas saibam mesmo o que isso quer dizer!
Hoje eu sei! E estou feliz por estar feliz assim. É uma felicidade sem motivo, sem explicação, sem sentido... Mas é uma felicidade que transborda! Caso você queira, vem para cá, vamos dividir nossas felicidades! Sei que posso te fazer feliz...

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Doce Solidão

A todo tempo, penso sobre minha vida.
Sinto que às vezes sei tanto, mas tanto, sobre mim, que me perco. Porém ao mesmo tempo em que tanto sei... Nada sei.
Não consigo explicitar o que penso e sinto a cada segundo. É tão difícil.
Estou, ou melhor dizendo, sou confusa. E por isso, tento mostrar, nem que só para mim, o que sinto, em palavras. Tento desabafar aqui tudo o meu coração pensa. Mas, isso não tem sido suficiente.
Gosto de escrever sobre minha vida, meus pensamentos, meus amores, e sentimentos. Sempre escrevi (até aqui) para um alguém... Um alguém que nunca sequer soube direito da minha existência, um alguém que sabe quem eu sou, mas não me conhece. O alguém, a quem eu amo e me entrego dia e noite em pensamentos.
Quando tentei esquecer esse tal alguém, acreditei que com tudo novo, eu seria mais feliz, mas creio que isso não está acontecendo, e não entendo o motivo.
Choro calada, quieta, no meu canto. Tento passar desapercebida, soluço... E nunca me veêm. Graças ao silêncio, pelo menos, sofrer em paz, posso eu fazer.
Guardo para dentro de mim o que sinto. Não quero que o mundo me veja. Queria me teletransportar e quem sabe mudar alguma coisa?
Não. Quanta burrice, quanta besteira.. Quanta vontade de você.
Tudo vai de mal a pior, e sinceramente, não sei se quero que melhore. Talvez porque assim, amando você, seja uma forma de te ter por perto, de te ter em mim.
Cansei da escola, dos amigos, de mim mesma, e da vida. Mas acho que jamais me cansaria de você.
Às vezes, quando escrevo sobre o que gosto, parece tão óbvio que é tudo para você... Por você. Mas você não percebe, e não te culpo por isso.
Mas sei lá... Quero aqui, e nem me importo como você está ou como tem sido comigo até aqui. Vem para cá! Chega perto! Por favor... Só por mais um ínfimo e infinito segundo.
Estou sozinha, e me sinto só. Pinto minhas unhas roídas de vermelho, para passar o tempo que parece estagnado na mesma hora há mais de uma hora.
Tenho a chance de me apaixonar de novo, por outra pessoa. Pessoa, a qual sinto que tem carinho por mim. Porém, tenho medo (sim, medo!) de me entregar a alguém novo. É horrível já ter amado antes.
Comparo cada passo e descompasso entre minhas opções, e é inacreditável como você consegue ser melhor em todos os aspectos.
Chega de realizar o ato de amar que só me faz sofrer.
Será que é possível? O que voce acha?
Acabo minhas reflexões com essa pergunta que me tira a paz, não sei mais o que pensar.
Fecho meu diário por hoje, e o escondo. Escondo, aonde ninguém pode achá-lo. Nem mesmo eu!

domingo, 6 de junho de 2010

I'm in home

Sinto-me avulsa, estranha, nova, mas ao mesmo tempo velha, e já conhecida. Fico com a sensação de que quero ser diferente do que sou, de que sou diferente do que quero ser diferente do que sou, que sou diferente do que quero ser, ou até de me comportar diferente do que sou ou do que quero de fato ser. Acho que é pedir demais quando peço para as pessoas me entenderem... Eu mesma não me entendo.
Se pudesse, gostaria de ter outra personalidade e estado de ser, uma que não criasse tantos antagonismos...
Sou uma pessoa, que mesmo não parecendo, tenho o gênio e a personalidade forte, e preciso ter! Vivemos em um mundo, o qual nos obriga a isso. Sabe... eu estou fora de mim, e gosto de estar. Dane-se. Gosto de aproveitar minha vida dessa forma, e não ligo para o que os outros venham falar de mim. Estava conversando há pouco em um bar com uma amiga e disse a ela: ''quando eu estou assim, é quando minha imaginação flui melhor'', e é mesmo! Não preciso negar isso para ninguém!
Essa parte mais liberal faz parte do meu eu de dentro, mas que eu consegui tirar um pouquinho para fora. Sou feliz assim... mas sou mais feliz por dentro. Pareço fraca, indefesa e muito passiva, mas ao mesmo tempo em que sou assim, posso ser outra pessoa totalmente diferente. Nunca testaram minha raiva e vontade para valer.
Para mim é impossível ser sorridente em um dia e venenosa no outro. Nesse sentido, sou única. Se há algo ruim, falo, ou me calo, mas quando me calo, sumo, me afasto, busco meu esconderijo. Talvez eu consiga algum dia ser má, apenas para tratar os outros com o mesmo desprezo com que me tratam, porém uma luz reascende em meus olhos, e vejo que não vale a pena ser rancorosa e vingativa. Como sempre digo: O mundo é maior... E eu realmente preciso acreditar nisso para viver nele.
Nesse exato momento, uma verdadeira tempestade de palavras invadiu minha cabeça, e os relâmpagos desta se refletem aqui.
A noite mal começou e as Thais's dentro de mim pedem descanso. Sinto que necessito dormir, mas não consigo. Meu pensamento some daqui, e vai como de costume até você. Estou cansada. Parece que nossos caminhos foram feitos para se cruzarem a todo tempo, os quais invariavelmente trazem um novo sorriso para meu rosto. É difícil aceitar a verdade, mas, no entanto é a verdade que peço. E é essa verdade que você rejeita, essa sou eu... Essa é quem eu quero ser... Me aceite, ou apenas rejeite-me, caso seja isso que você quer. Já não há mais importância nisso! Tudo é culpa sua. Seus comentários sem tato, e sua piadas cruéis sobre coisas que eu não consigo achar graça, me tornaram em parte insensível a qualquer sinal de amor. Do mesmo modo em que um coração se retrai quando palavras duras são lançadas ao vento, meu coração se retrai quando sinto que não há mais nada de você aqui.
Esses são os meus eus, os quais de algum jeito, eu consigo conciliar para formar apenas um, o meu eu principal.
Sinto-me confusa, mas sinto-me bem.
Com esse eu principal, sinto-me em casa.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

(?!)

Paro. Penso. Analiso o tempo que parece não passar.
Vejo. Sinto. Choro. Grito pelo que um dia foi achado e perdido.
Descabelo-me. Desacelero-me. Corro para lá,
mas volto para cá.
Quanto ao lugar, o qual para onde corri,
e de onde voltei, se mantém o mesmo.
Não me movi. Nunca me movo.
Faço descobertas sobre minha vida.
Estabilizo-me. Sento. Concluo o planejado.
Idéias insanas que correm por mim,
parecem nunca chegar ao fim.
Ando. Acelero. Fujo.
Fujo para um lugar, o qual eu nunca sequer sai.