domingo, 6 de junho de 2010

I'm in home

Sinto-me avulsa, estranha, nova, mas ao mesmo tempo velha, e já conhecida. Fico com a sensação de que quero ser diferente do que sou, de que sou diferente do que quero ser diferente do que sou, que sou diferente do que quero ser, ou até de me comportar diferente do que sou ou do que quero de fato ser. Acho que é pedir demais quando peço para as pessoas me entenderem... Eu mesma não me entendo.
Se pudesse, gostaria de ter outra personalidade e estado de ser, uma que não criasse tantos antagonismos...
Sou uma pessoa, que mesmo não parecendo, tenho o gênio e a personalidade forte, e preciso ter! Vivemos em um mundo, o qual nos obriga a isso. Sabe... eu estou fora de mim, e gosto de estar. Dane-se. Gosto de aproveitar minha vida dessa forma, e não ligo para o que os outros venham falar de mim. Estava conversando há pouco em um bar com uma amiga e disse a ela: ''quando eu estou assim, é quando minha imaginação flui melhor'', e é mesmo! Não preciso negar isso para ninguém!
Essa parte mais liberal faz parte do meu eu de dentro, mas que eu consegui tirar um pouquinho para fora. Sou feliz assim... mas sou mais feliz por dentro. Pareço fraca, indefesa e muito passiva, mas ao mesmo tempo em que sou assim, posso ser outra pessoa totalmente diferente. Nunca testaram minha raiva e vontade para valer.
Para mim é impossível ser sorridente em um dia e venenosa no outro. Nesse sentido, sou única. Se há algo ruim, falo, ou me calo, mas quando me calo, sumo, me afasto, busco meu esconderijo. Talvez eu consiga algum dia ser má, apenas para tratar os outros com o mesmo desprezo com que me tratam, porém uma luz reascende em meus olhos, e vejo que não vale a pena ser rancorosa e vingativa. Como sempre digo: O mundo é maior... E eu realmente preciso acreditar nisso para viver nele.
Nesse exato momento, uma verdadeira tempestade de palavras invadiu minha cabeça, e os relâmpagos desta se refletem aqui.
A noite mal começou e as Thais's dentro de mim pedem descanso. Sinto que necessito dormir, mas não consigo. Meu pensamento some daqui, e vai como de costume até você. Estou cansada. Parece que nossos caminhos foram feitos para se cruzarem a todo tempo, os quais invariavelmente trazem um novo sorriso para meu rosto. É difícil aceitar a verdade, mas, no entanto é a verdade que peço. E é essa verdade que você rejeita, essa sou eu... Essa é quem eu quero ser... Me aceite, ou apenas rejeite-me, caso seja isso que você quer. Já não há mais importância nisso! Tudo é culpa sua. Seus comentários sem tato, e sua piadas cruéis sobre coisas que eu não consigo achar graça, me tornaram em parte insensível a qualquer sinal de amor. Do mesmo modo em que um coração se retrai quando palavras duras são lançadas ao vento, meu coração se retrai quando sinto que não há mais nada de você aqui.
Esses são os meus eus, os quais de algum jeito, eu consigo conciliar para formar apenas um, o meu eu principal.
Sinto-me confusa, mas sinto-me bem.
Com esse eu principal, sinto-me em casa.

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