quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Sem saber, foi assim

Eu não quero ir, até que você tenha chegado.

O vento bate descontrolado por entre as portas da varanda semi-abertas, e o barulho me faz estremecer. Traz o frio, o arrepio.

Não entendo mais o que sinto, nem mesmo o que devo sentir.

Preciso declarar que me libertei um pouco mais do que me aprisionava há tempos, e isso é uma vitória declarada para mim.

Fugir é a melhor opção, mas não tenho para onde, e sair correndo sem rumo, é loucura. Por isso, mantenho-me aqui, estagnada num redemoinho de idéias insanas, que correm a todo vapor pela minha cabeça.

Só quero estar bem e só quero te fazer bem. A minha sorte é que você não é daqueles que recusam carinho, e isso me deixa mais sossegada.

Não comparo-te hoje, a mais ninguém. Entrego-me, sem medo, já que o outro antigo alguém já se entregou a outras muitas depois de mim.

Ver-te indo, seria pior do que ir embora agora.

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