quarta-feira, 6 de outubro de 2010

ex isto?

Mais um dia. O dia. Um dia.

Isto aqui existe? Eu existo?
Ou será que já existi e sumi?

Tenho medo de mim, dos meus sentimentos, e das minhas idéias.
Tenho uma vontade louca de ficar embaixo da chuva só olhando pra cima vendo como as gotas caem uma a uma, enquanto os tolos acreditam que caem todas juntas. Tolice.
Não consigo compreender o sentido real do que está acontecendo.
Como uma pessoa toma o lugar de outra sem nem pedir permissão para mim? Meu coração não é de vidro. Será que algum dia vão entender isso?
Que vontade de gritar pro mundo, que não há nada mais valioso no mundo do que você, que meu paraíso é você.
Dar-te a mão, e levar-te para longe disso aqui. Longe dessa gente, que finge que a gente não existe. Parar o ónibus em frente a sua escola, te pegar pra almoçar, e te levar para casa roubando um beijo infantil.
Você está tão distante de mim agora, tão inalcançável. Sinto-me num furacão sem controle, e com velocidade máxima.
Sabe, você era a melhor parte de mim, e eu... Bem, eu era toda você. Porém, agora, acho que eu sou toda ela. Toda todo mundo. Eu gosto de você, tanto como gosto dela. Eu gosto de você, mas eu gosto de tanta gente... Seria isso um impedimento?
Não posso te perder dos meus pensamentos, e nem te prender neles. Mas com o passar dos dias, e a frequência dela neles, você vai se tornando cada vez mais fugaz. Não é culpa minha, nem sua, nem dela. É culpa dessa vida escrota que eu ando levando.
Sinto saudade, sinto falta do seu perfume no travesseiro, e do seu cabelo por entre os meus dedos. Sinto você perto, e longe. Sinto desejo, mas me policio para não querer ter. Não consigo dormir. Não consigo distinguir. Não consigo me ver sem você em minha cabeça. Não sou a mesma pessoa. Desculpe-me, mas eu era alguém quando você estava aqui, mas o abandonar-te involuntário obriga-me a ser outra pessoa por ela estar no seu lugar. Não no seu lugar, mas aqui.
Contudo, tenho certeza de que muita coisa ficou, e que vou levar para o resto da minha vida. Você não estava errada, nem eu certa. Nós éramos mais, ou menos. Nós éramos a exceção do mundo que vivíamos.
E tudo o que eu sempre quis saber foi até quando nosso mundo duraria.

Creio que achei a resposta...

Um comentário:

  1. eu ia postar aqui todas as partes que eu me identifiquei, mas foram tantas..

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